Publicado por: yogasampoorna | abril 11, 2011

Tibet – Palácio Potala, Templos e Monastérios

PALÁCIO DE POTALA – Estar no Tibet é algo surpreendente, são tantos momentos especiais, mas a altitude acaba deixando todos nós um pouquinho atordoados. Fazia frio, bem mais que Shanghai, a temperatura chegava a 7 graus, mas a alegria de estar em Lhasa era grande que nem o frio e o mal estar nos fez parar. Lhasa atualmente tem aproximadamente 2.000.000 milhões de habitantes e os maiores pontos turísticos que temos são os monastérios e templos. Mas o Palácio de Potala continua sendo um grande ponto de visitação, e é magnifico, ele é a maior estrutura monumental do Tibet, ocupando uma área de 360 metros quadrados. Com 13 andares e mais de 1000 aposentos, já foi residência do atual 14 (décimo quarto)  Dalai Lama, que hoje vive em exílio na Índia. Hoje após a ida do líder tibetano, tornou-se um imenso museu com relíquias da religiosidade do Tibet.

Me emocionei muito ao caminhar pelo palácio, sentindo ainda toda a energia forte que há no local, principalmente onde o Dalai Lama fazia suas meditações, neste momento não contive as minhas lágrimas. Internamente o Potala é maravilhoso, mas não pudemos fotografar, apenas tenho as cenas na minha mente da riqueza de detalhes e o colorido das imagens, paredes e portas, são sensacionais.  Muito ouro e pedras preciosas nas Stupas e  Mandalas, que não há como descrever. Por fora é bem simples, a cor branca se mistura ao vermelho, mas a estrutura é surpreendentemente grande. Na entrada do Palácio há pinturas  em murais que são chamados dos Reis Celestiais, estas figuras são os guardiões budistas.

Na entrada para o Palácio Branco a uma entrada principal, com uma escadaria tripla, onde a parte central é reservada apenas para o Dalai Lama.

Em volta do Potala fiéis fazem suas orações, principalmente na parte da manhã. Eles chamam este percurso de KORA (circuito de perenigração). Existe um trecho onde fazem  as orações sempre girando imensas rodas de orações, mas sempre no sentido horário.

TEMPLO JOKHANG – Foi fundado para alojar uma imagem de Budha trazida como dote pela princesa Bhrikuti, do Nepal, ao se casar com o rei Songtsen Gampo. A localização foi escolhida por outra esposa do rei, a princesa consorte Wencheng, da China, dizendo que um imenso demônio abrigava embaixo daquele local e era preciso que um Templo fosse erguido para dominá-lo. Este é local maior das peregrinações, pois podemos ver ao redor do templo milhares de fiéis fazendo suas orações, ao que eles chamam de KORA. Em uma das mãos carregam o Japa Mala (rosário para orações) e na outra  a Roda de Oração que vão girando sem parar cantando o sagrado “OM MANI PADME HUM”. Em frente ao templo também podemos ver milhares de pessoas que podem ficar horas e até dias fazendo suas orações, sem parar. Os peregrinos se prostram, pois este é o local mais venerado do Tibet.

Sempre que entramos nos Templos fazemos todo o percurso de visitação sempre começando pelo lado direito. Dentro do Templo os peregrinos fazem doações de dinheiro e de manteiga de iaque,  jogando sobre grandes recipientes que são como lamparinas.

Fora do Templo pessoas de toda idade fazem suas prostrações. Os mais jovens mais rápidos e os mais idosos mais lentos, e alguns deles nem conseguem mais completar todo o movimento, apenas colocando a testa no chão e não o corpo todo.

 

Eu e o Gabriel fomos convidados a experimentar  e com pouquíssimas voltas já nos cansamos.

Há queimadores de incenso em frente ao Jokhang, e eles costumam usar  um arbusto de zimbro para queimar. No final do dia ficamos defumados com aquele cheiro forte.

A região é chamada de BARKOR, este é o lugar mais movimentado de Lhasa, cheio de peregrinos, moradores e turistas, interessados em visitar o Jokhang. As bancas do mercado estão ali instaladas para servir os peregrinos, muitas das construções do Barkor são do século 8 e podemos encontrar desde rodas de orações, japa malas de todos os modelos, barracas de manteiga de iaque entre outras coisas. Além das barracas de ruas há lojas que vendem desde roupas a objetos de decoração.

 

MOSTEIRO DREPUNG – Este foi o lugar que mais gostei em termos de energia, ele fica localizado nos arredores de Lhasa, portanto em meio a natureza, e muitas montanhas a nossa volta. Como em todos os locais sagrados encontramos rodas de orações enormes, queimadores de incenso e milhares de pedintes.

O Mosteiro é imenso e passou por várias reformas, no passado abrigou em torno de 10.000 monges, mas hoje por volta de 500.

Afastado um pouco da construção existem cavernas onde monjas peregrinas param para fazerem seus períodos de orações junto ao Templo. Uma monja muito sorridente carregava montanha acima um filhotinho de cabrito amarrado em suas costas. A monja fazia isso para poupar o filhote da subida íngreme das escadarias da montanha. Ela segurava um feixe de capim verde na mão, com certeza para alimentar o filhote.

Do alto da montanha podíamos ver todo o complexo, que no passado abrigou 4 faculdades e milhares de monge, foi o mais rico do Tibet.

A construção mais típica é sustentada por 180 pilares, com uma decoração bem colorida e capelas espalhadas onde encontramos vários Budhas e entre eles Budha Matreya, que é o Budha do Futuro o Jampa, e este esta sentado com os pés tocando o chão e não de pernas cruzadas como é comum. A altura dele é de 3 andares.

A cozinha do mosteiro é imensa, imaginem o que é cozinhar para 10.000 monges no passado. Olha só o tamanho das panelas!!! Eu como gosto de cozinha quis fazer umas fotos neste local, que para mim também é sagrado.

Na saída sempre encontramos barracas com objetos variados, do Tibet, Nepal e Índia. Como sempre somos assediados pelos vendedores.

MONASTÉRIO SERA – No passado este mosteiro também abrigou muitos monges cerca de 5000, mas hoje também abriga poucos deles, cerca de um décimo deste número, esta ordem se chama GELUGPA, do chapéu amarelo. Também abrigava faculdades num número de 3 e cada uma tinha uma função.

Mas, o mais formidável deste complexo todo é um lugar de debates a céu aberto, ele se situa no topo do caminho e valeu apena visitá-lo. Todos podem fazer visitas  todos os dias às 15:30 hs da tarde. Ficamos parados observando como  monges fazem em seus debates, batem palmas ou  pés quando fazem perguntas aos seus companheiros, é muito divertido. O Kora continua montanha acima, mas nós paramos por ali.

MOSTEIRO PELKOR CHODE – Visitamos este mosteiro apenas por fora, pois eu já estava passando muito mal com o mal da altitude, meu marido muito preocupado apenas nos deixou visitar rapidamente as construções externas e ainda assim muito por cima. 

Nas proximidades do Mosteiro pudermos caminhar e ver apenas ma rua que estava sendo arrumada, mas queriamos na e ver os KARTENS, que são construções parecidas a quartéis.

CONVENTO ANI TSANKHUNG – Esta situado na região do BARKOR, e fiquei muito feliz ao visitá-lo pois ele abriga apenas monjas, e elas cantavam num coro muito bonito seus mantras. Um clima de serenidade emana deste local e me senti muito bem ao visitá-lo. Fui acolhida por uma monja que foi mito especial. Na frente do Templo, havia uma loja para ajudar a arrecadar dinheiro para o local.

 

 

 

MOSTEIRO PARA HOMENS – Me desculpem mas procurei na Internet e não encontrei o nome deste Mosteiro. Fomos convidados a entrar e o monge que nos recebeu  falava um pouco de inglês e foi mais fácil a nossa visitação, já que estávamos sem o nosso guia e o local era bem a frente do nosso Hotel. O monge foi muito simpático e nos tratou muito bem. Ele nos explicou sobre várias coisas e nos convidou para meditar com eles no dia seguinte. Então, eu e o  Raphael fomos para a meditação, que foi muito especial. Como em outros monastérios no passado ele também abrigou um número enorme de monges, e hoje conta com apenas 25 aproxiamadamente. Fiquei triste ao ver ao que se reduziu este local.

 

 

 

 

Onde era o Templo hoje o Governo Chinês acabou ocupando esta região.

Onde eram as acomodações dos monges hoje é alojamento público.

 

Publicado por: yogasampoorna | fevereiro 10, 2011

Tibet – “Om Mani Padme Hum” – emocionante!!!

Meus queridos aqui começa a nossa história sobre o Tibet, simplesmente incrível!!! Por mais que eu tente passar a vocês através de palavras ou das lindas fotos que tiramos não será com certeza a mesma coisa do que viver esta experiência mágica. Ganhamos muitos presentes especiais nestes dias, e um deles foi de três crianças que cantavam lindamente o mantra.  Me lembrei de muitas pessoas que amam este mantra. Por todos os monastérios e templos que entramos não esqueci de mandar esta energia especial e poderosa de “OM MANI PADME HUM” (a pronúncia feita pelos tibetanos “Om Mani Péme Hung”), que  significa, “Salve a Jóia do Lótus Sagrado”.  Emoções negativas  como orgulho, ciúme, desejo, ignorância, ganância e ódio, são transformados quando pronunciamos o “mantra da compaixão”. As seis sílabas ao serem repetidas reduzem o sofrimento, reduzem o nosso ego. O mantra “OM MANI PADME HUM” assegura forte proteção contra todo tipo de influência negativa e contra várias formas de doenças. Veja abaixo a foto das três crianças.

"OM MANI PADME HUM"

 

Estas três lindas crianças que estavam cantando o mantra numa energia e vibração incríveis.

 

Família Melo num dos Monastérios que mais amei em Lhasa, "Drepung Monastério".

                                                                                                

A minha vinda a China deveria ser coroada por três lugares especias que esperava conhecer a muito tempo, Índia, Nepal e Tibet. Sendo que Índia e Nepal nós vamos reservar um tempo mais longo, mas Tibet seria possível fazer em menos dias. Parecia um sonho ter pisado em terras como estas. Eu estava muito feliz e meu coração cheio de gratidão!!!

 

A alegria se misturava a gratidão.

 

Esta viagem com certeza vai ficar para sempre...

 

Tibet, um sonho, uma realidade que se materializava… Tibet, lugar de energias e vibrações mil… Tibet, lugar de devoção… Tibet, resume-se na palavra compaixão… Povo humilde, gente simples, sorridente… Não consigo parar de pensar, no grande número de pessoas que cruzei pelo caminho e que me olhavam ou que me acenavam de uma maneira tão amorosa. Não dá pra esquecer, nenhum segundo daquela gente, daquela terra, daquele povo que apenas quer viver sua religiosidade, sua crença, sua fé… 

 

Meninos monges do Mónastério Drepung.

 

Pai tibetano com criança, a amorosidade esta no ar.

 

Encontramos devoção por todos os lugares percorridos. Este é um pequeno altar de adoração.

 

Olhem só esta monja, ela carrega uma pequena ovelhinha nas costas, para poupá-la da subida da montanha. Verdadeiro ato de compaixão!

Publicado por: yogasampoorna | setembro 26, 2010

Casa da “Li Xian” – Continuação – Vejam!!!

Meus queridos continuo a escrever sobre o mesmo tema da última postagem que fiz a dias atrás, pois fiquei um tanto mexida com a primeira visita a “Li Xian”. Quem não teve a oportunidade de ler, peço que leiam o primeiro post. Retornei a casa dela numa segunda visita, queria ajudar com alguma coisa, então, movida pelo coração nesta segunda visita acabei comprando duas cadeiras de escritório para o menino da Li fazer lição. Quando a visitei pela primeira vez, levei uns doces chamados “moon cake”, pois aqui na China tem um Festival típico de Outono onde se presenteiam as pessoas com este doce. Levei também umas cumbucas de louça, porque as usam para a comida e também as colherinhas que são especificas para se alimentarem além dos “pauzinhos”.  Quando ela chegou na semana passada eu havia comprado dois jogos de toalhas de banho para cada um deles, pois fiquei imaginando que faltava muita coisa que está seria uma coisa útil. Nesta semana levei as duas cadeiras de escritório, pois vocês verão a cadeira que o filho fazia lições, desde que era pequeno, quase não cabia mais nela. Uma das cadeiras ficou no quarto, onde ele tem a sua escrivaninha e faz os deveres de casa, e a outra cadeira colocamos no outro quarto, que tem outra escrivaninha e um computador.

Filho da Li ao lado das cadeiras que levei de presente para ele.

 

Esta é a cadeira que ele fazia suas lições, desde que era bem pequeno.

 

Ela fez um jantar para mim muito gostoso, com um ravioli diferente que se faz aqui na China, estava delicioso. Tinha também cogumelos, verduras refogadas e pepino. Estava muito bom mesmo. Fora o chá que mal meu copo esvaziava e eles enchiam com mais água quente. Foi uma pena que desta vez eu não tirei fotos. Mas ela vai me ensinar como se faz o ravioli e prometo que colocarei no blog a foto. Fomos a um mercado típico chinês comprar os ingredientes e vocês verão as fotos. Ele era imenso, grande mesmo. Aqui em Shanghai os mercados são bem parecidos. No meio dele há bancas com uma grande variedade de verduras e frutas e em volta dele, as carnes e os cereais e enfim outras coisas, desde roupas, e o que falei na outra postagem a respeito de umas esteiras que colocam por cima do travesseiro e em cima da cama. Havia pastéis que não são como os nossos do Brasil, e doces, etc… Vocês bem sabem que sou vegetariana a muitos anos e não como carne de éspecie alguma durante estes anos todos. Mas é muito diferente do Brasil. Não gosto tampouco de ver os bichos sofrerem assim, não concordo com a matança, e nem suporto o cheiro da carne, mas vou colocar algumas fotos porque no Brasil por exemplo vocês já viram alguém comer cobra? Eu sabia sim, mas nunca vi cobra vendendo no mercado, vocês já viram? Outra coisa sapo, vocês já comeram sapo? Não rã, sapo, uns sapos escuros, eu não. Além de frutos do mar, e galinha viva, pobrezinha. Carne de porco e de vaca que é comum se vender no Brasil. Mas são costumes antigos, fazer o que?

Mercado típico aqui da China, como os nossos vende de tudo um pouco. Este foi o maior que fui até agora.

 

Vendedor quando me viu tirando fotos, muito simpático posou para esta.

 

As bancas de frutas e verduras ficam nesta parte central do mercado.

  

Quando vou tirar fotos, sempre pergunto antes, pois tem muitos deles que não querem. Este rapaz também posou para esta foto.

 

Banca na lateral do mercado, que vende cereais, grãos, entre outros produtos.

 

Estas são as esteiras que colocam sobre os travesseiros e cama.

 

Haviam muitas cobras nestas bacias que se moviam de um lado para o outro. Costume diferente, mas apreciado por muitos chineses.

 

Está difícil para visualizar, mas dentro desta bacia há sapos grandes e escuros, também é outra coisa bastante comum de servir como alimento para as pessoas. No Carrefour que é um supermercado de rede internacional você encontra sapos e cobras, além de tartarugas.

 

Voltamos do mercado com uma motocicleta onde nós os passageiros vamos protegidos por uma  cobertura de lona e na frente vai o motorista dirigindo, o valor é pago pelo percurso andado. Aqui na China ainda tem muito disso. Quando chefamos fiquei chocada com algumas coisas que dividirei com vocês. O vizinho da Li, o que ela aluga a sala da casa, na parte debaixo da casa, estava lavando louça num tanque sujo e encardido, quando penso me dá náuseas, o mesmo tanque que se lava a louça, se lava a roupa e deve até se escovar os dentes e lavar os rosto, quer dizer se fizerem isso, pois sempre olho muito nos dentes dos chineses que são muito sujos e tortos. As vezes até pessoas de uma classe melhor tem dentes horríveis. Mas enfim, quando olhei o homem lavando louça pedi se podia bater uma foto, mas antes dele responder ele virou para fora do tanque e assoou seu nariz com as mãos e o muco caiu no chão e com a mão ainda suja ele continuou numa boa lavando a louça e posou para esta foto logo abaixo. Sabe gente, eu não sei como consegui jantar, de vez em quando pensava no vizinho assoando o nariz. O filho da Li, o tempo todo fungava com seu nariz, o marido da Li de vez em quando arrotava, eu olhava para aquela sujeira… e voltava a comer. Não havia o que fazer realmente. Depois do jantar ficamos conversando na cozinha eu, a Li e o seu marido e vi diversas vezes baratas passarem,  e então, eu avisava para eles e o marido com a mão dava um tapa nelas quando conseguia pegá-las  e matava como pé. Então ela me disse que além das baratas, havia uns ratos enormes que de noite andavam por ali. Mas ela me disse que à noite fechava as janelas e portas e eles não entravam.

Esta motocicleta nos trouxe de volta para a casa da Li, tem muitas delas em Shanghai e no interior. Tem lugares que são as bicicletas que puxam. No Japão por exemplo, eles puxam a pé.

  

Esta é a cozinha da Li, neste dia estava mais claro e pude observar melhor a sujeira do local. Não havia nada além desta bancada de madeira e sobre ela uma boca apenas de fogão, uma panela de fazer arroz, automática, um ármario que vocês podem ver na foto e no lado oposto uma mesinha quadrada, com 3 banquetas. Nada além disso.

 

Este é o vizinho da Li, antes que eu tirasse a foto, ele virou-se para fora do tanque assoou seu nariz e com a mesma mão continuou a lavar a louça.

 

Fiquei pensando com o meu coração apertado e doído como nós temos que AGRADECER e quanto temos que AGRADECER, por termos coisas tão básicas, entendem? Noções de higiene, limpeza, oportunidades mil, milhares e milhares de oportunidades e tem tanta gente neste mundo que não tem.  Somos merecedores de tanta coisa boa, e não paramos para pensar nisso, apenas reclamamos, e reclamamos da vida, de tudo… de tudo que temos ou que gostaríamos de ter, sempre mais. Eu acho que a Li é uma alma muito boa, e que se tivesse tido oportunidades nesta vida ela seria alguém melhor materialmente, é inteligente, viva, entendem? Mas ela é uma alma da qual está sempre feliz, pelo menos trabalhando aqui em casa sempre está feliz, dando risadas, nunca reclama de nada, e não é porque não saiba falar a língua, ela  poderia fazer cara feia, ou mostrar por sinal. E vive nesta simplicidade toda. Quando dei o jogo de toalhas, ela me disse que havia apenas uma toalha para todos, não sei se isto é pela falta de dinheiro, ou se é costume, mas meu coração ficou apertado. Gente vocês não imaginam como está história toda esta  forte para mim. Escrevo tudo isso com lágrimas nos olhos. E penso não só nela, mas em todos os seres deste mundo que passam por privações. Eu sempre ouvia dizer que a felicidade independe das coisas materiais e agora posso constatar realmente, de verdade que isso é pura realidade. Você pode ser feliz? Eu posso ser feliz? Sim se quisermos de verdade podemos. Não precisamos de muita coisa. Acredite nisso!!! Precisamos apenas de coisas essenciais a nossa Evolução. Creia no que estou falando. Mantenham a conexão com a “gratidão.”

As crianças brincavam entre elas, e com um cachorro da vizinhança. Tentei falar com eles algumas palavrinhas que conhecem do inglês, para entretê-los e nos divertirmos um pouco. E também tirei algumas fotos deles vejam abaixo.

Amigos do filho da Li, é claro que não vou me lembrar dos nomes de cada um.

 

Uma das crianças brincando com um cachorro da vizinhança.
Publicado por: yogasampoorna | setembro 17, 2010

Casa da “Li Xian”- não deixem de ver

Desde que a nossa ajudante Li Xian entrou para trabalhar conosco, que eu dizia a ela que um dia iria visitá-la, e este dia chegou. Ela não queria, dizia que a minha casa era muito bonita, piaulian, no mandarim e que a dela era muito feia, que ela na verdade tinha vergonha. Eu disse a ela que não tinha problema, pois sempre tinha o costume de visitar a casa das minhas funcionárias. E então ela acabou concordando. Eu disse que queria conhecer o filho e o marido. As famílias aqui na China sempre tem um filho, no máximo dois.

Rosana e Li Xian no local onde ela mora.

E lá fui eu para a minha aventura. Queria saber como vivem as pessoas simples e pobres na China. Pegamos o filho dela na escola e realmente quando chegamos comecei a ver de perto o que já tinha visto numa pequena região antiga da cidade de Suszhou. Pobreza, muita pobreza, com um misto de sujeira, isto é uma parte da China.

Olha só que gracinha!!! Este é o filho da Li. Veja o uniforme das crianças aqui em Shanghai, todas usam um lencinho vermelho no pescoço.

   

 
 
Fui passando pelos pequenos becos e olhando tudo, registrando com a minha câmera alguns destes locais. O cheiro do lixo era horrível, as casas muito pequenas e quentes. Era cedo ainda e já preparavam o jantar, aqui na China ele almoçam e jantam cedo demais.  Assim que chegamos, meus olhos não acreditavam no que estava vendo. Um sobrado, grudado a muitos outros. Na porta da frente a cozinha, que vocês verão na foto não tinha muitos objetos. Apenas uma boca de fogão, um armário, e uma pequena mesa para três lugares, com três bancos. Fui olhando para aquilo tudo tão velho e tão sujo e me lembrei que iria comer por lá. Não vi pia, não havia, só um tanque grande, velho e sujo, do lado de fora. Fiquei imaginando como eu iria comer naquele lugar. Mas a alegria era tanta e tudo foi feito com tanto amor que esqueci da sujeira que havia.
 
 
   

Assim que passávamos a cozinha, havia uma porta, era um quarto da casa que a Li alugava para um casal com uma criancinha pequena. Se eu achei que a Li morava apertada, imaginem só num cômodo pequeno e apertado, dormirem três pessoas, comerem e viverem ali. Meu coração começou a ficar apertado vendo tamanha simplicidade e pobreza. Confesso a vocês que as pessoas podem ser felizes contudo que elas tem, pois a Li todos os dias mesmo morando a 45 minutos da minha casa e morando de uma forma tão simples, ela é muito alegre e divertida, nós duas juntas damos muitas risada.

No piso superior havia dois quartos, e assim que subiamos podiamos ver a escada que ligava a este local.  O quarto maior tinha uma escrivaninha onde seu filho estava fazendo a lição, uma cadeira tão desconfortável, um ventilador direto nele, devido ao calor. O forro do teto era de uma madeira bem fina, as paredes sujas, um pequeno guarda-roupas de duas portas, uma cômoda pequena, uma TV, em cima de um rack, uma cama de casal bastante estreita e a cama do filho. Aliás um detalhe importante para as camas. Não havia colchão como os nossos. Percebi que em todas as casas que visitei, as camas eram todas iguais. O colchão é feito de bambu, sim pasmem, inúmeras varetas de 2 centrimetros, lado a lado e por cima apenas uma esteira, como estas que se usam nas nossas praias. Havia uma sacada, também de onde aproveitei para tirar algumas fotos e me comuniquei com as crianças vizinhas. No outro quarto que era menor, uma outra escrivaninha com o computador, uma cadeira, um microondas, uma pequena geladeira e várias cordas no chão, que estão guardadas ali para o trabalho do marido. Segundo o que ela me disse, o trabalho dele é de limpar fachada de edifícios.

Ela estava radiante de felicidade e eu também. Ela mal podia imaginar o prazer de estar passando aquelas horas com ela, e tendo a chance de vivenciar um aprendizado muito grande para minha vida. Enquanto o marido dela terminava o jantar, pois aqui na China muitos homens cozinham, uma porção de gente da vizinhança foi aparecendo. Estavam curiosos para me conhecer. Depois do jantar fomos andar um pouco pelas casas vizinhas e eu aproveitei para tirar algumas fotos. O povo chinês é muito divertido e sorridente. É disso que eu gosto. Apesar de falar poucas palavras em mandarim, a Li serve de intérprete para as pessoas. Criamos uma forma de nos comunicarmos tão grande nestes 5 meses e meio que nos entendemos perfeitamente. Descubro tanta coisa da Li, que meus filhos e marido ficam me perguntando como é que eu descubro tanta coisa se não falamos a mesma língua. Pois é, usamos uma outra linguagem essencial ao nosso convívio amoroso.

Ela ficou muito, mais muito feliz, e eu agradecida por ela ter me recebido tão amorosamente e ter me proporcionado momentos de pura reflexão. O jantar estava delicioso. O cardápio que foi servido, foi este: Macarrão, que é o noddles, um tofu fatiado, parecido com uma salsicha, misturado a cenoura crua e coentro, uma couve diferente da nossa brasileira, misturado a cogumelos, pepino cru em rodelas e tomate. Tudo foi feito com muito amor. A Li enchia minha cumbuca com comida e eu estava por demais satisfeita.

 

Tomei muito chá, mal meu copo terminava de esvaziar e lá de novo ela enchia com água quente. Acho que tomei uns cinco copos de chá, e então depois de tudo adivinhem o que aconteceu? Vontade de fazer xixi. Mas a Li me disse que o banheiro estava fechado. Fechava às 6 da tarde. Os banheiros são comunitários. E agora o que fazer? Dentro das casas não existe banheiro, imaginem vocês, todo o conforto que temos em nossas casas e não prestamos atenção nas coisas mínimas. Não havia banheiro, ou tesuo como eles chamam e então me restava usar um penico bem diferente que vocês verão nas fotos abaixo. Então eu percebi porque muitas pessoas na China cheiram mal. Além de ter que pagar para ir ao banheiro elas não podem ir na hora que querem. O jeito é usar o famoso penico. Olhem abaixo.

 

Foi um grande aprendizado. Quando cheguei em casa, parecia que estava em outro mundo, tão diferente daquele. Mas agradeci e agradeci demais a todo tempo, antes de dormir e também no dia seguinte. Na verdade temos muito, mais muito mesmo e não imaginamos que muita gente passa por privação. Me veio a idéia da simplicidade, e que não necessitamos muito para sermos felizes. Isto é, o que a Li Xian, minha ajudante dos serviços aqui da nossa casa tem me ensinado. Espero que vocês também reflitam e agradeçam por tudo o que vocês tem, mas por tudo mesmo, que nem imaginam que para outros está faltando. Namastê! 

Publicado por: yogasampoorna | setembro 17, 2010

As Montanhas da Villa de Mogan Shan

Mogan Shan – é uma vila tranquila e sossegada onde no inicio do sec. XX os americanos e britânicos que moravam em Shanghai  fugiam do calor do verão e construíram enormes casas, todas elas feitas de pedras, que hoje dão lugar a Hotéis. Eu nunca pensei ter lugar tão sossegado como este aqui na China. Não esqueçam que moramos numa cidade, grande como São Paulo, barulhenta, poluída, só não violenta.

Antigo casarão que se transformou em Hotel.

  

Fizemos amizade com um casal, ela brasileira e ele alemão que também estão aqui na China quase o mesmo tempo que nós. Ela tirou carta de motorista aqui em Shanghai recentemente e queria passear para algum lugar. Existem algumas cidades próximas e então, fomos a Handzhou, e no dia seguinte, seguimos  para a tal Mogan Shan. Isto tudo graças a um GPS que eles compraram aqui na China. Isto ajudou muito, vocês não imaginam como. 

Rosana, Tetê, Axel e Gabriel, todos muito felizes por estarmos em contacto com a natureza.

 

  

Conforme fomos subindo a montanha, pelas encostas fomos vendo enormes varetas de bambu. A vegetação era muito linda. E eles balançavam com a chuva. Ao chegar no topo, havia apenas o que já havíamos lido no guia, alguns hotéis. No Brasil temos lugares tão bonitos quanto este, mas o que quero que entendam é que estavamos a muito tempo sem vermos verde, e natureza é bonita em qualquer parte do mundo, na minha opinião. Olhem abaixo só a mandala natural que havia, feita por uma aranha em sua teia. 

Abaixo destas árvores podíamos ver a floresta de bambus.
 

 

 
 
Olha só que demais esta ponte, conforme andavámos ela balançava.

  

Mesmo com a chuva, pegamos os nossos guarda-chuvas para conhecer o local e para respirarmos ar puro. O local era realmente muito lindo e se não fosse a chuva teríamos aproveitado muito mais. Eu e a Tetê, ficamos muito felizes e nos abraçamos ao ver o verde, as montanhas, as árvores, enfim a natureza. 

Rosana e Tetê na Villa de Mogan Shan.

 

O cheiro do ar puro, do prana, me fez muito bem.

 

  

Pelo caminho eu ia sempre por último, pois queria desfrutar de todo aquele paraíso. Sem nada que nos incomodasse e principalmente sem ver muita gente pela frente. Foi muito bom e divido com vocês, um pouquinho de Mogan Shan. Eu sinto muita falta de natureza, por aqui. Sinto falta de muita coisa que dá pra ficar sem, mas natureza é algo que nos vitaliza muito e a gente agradece quando não tem.

Mogan Shan é um paraíso, amei!!!

  

O Gabriel me disse que este lugar lembrava uma cena do filme do Harry Potter.

Publicado por: yogasampoorna | setembro 14, 2010

Todaiji Templo e Nara Park

Todaiji Templo e Nara Park são lugares espetaculares, decidimos de última hora visitá-los, e valeu muito a pena. Depois que saímos do Santuário de Fushimi Inari (veja no último post – os Templos de Kyoto), pegamos um trem direto para Nara. Ao chegarmos na entrada do Nara Park, pudemos ver os milhares de Bambis (veadinhos) que estavam soltos por todo o Parque. Ao comprarmos comida para eles, umas bolachas especiais, fui mordida por um deles no bumbum,  ele me pedia comida. Assustei e gritei dando um pulo e quase derrubei a barraquinha toda de bolachas. Estava tão distraída, que nem percebi quando ele chegou mais perto. Até chegarmos ao Templo milhares e milhares deles estavam a nossa volta. Quando passamos pelo imenso portão e avistamos de longe o Templo, não acreditamos no tamanho dele, era imenso, talvez o maior Templo que já vimos em nossas vidas. Ele era de madeira, mas de uma beleza tão simples. Por mais que possamos descrever, não será a mesma coisa que vermos ele de perto. Nem se você ver em postais, fotos ou filmes, nunca será a mesma coisa. Quando subimos as escadas do Templo e pudemos avistar a imensidão daquele enorme Budha, ficamos realmente encantados. Abaixo alguns detalhes à respeito do Todaiji Temple

TODAIJI –  Seu nome significa, literalmente, O Grande Templo do Oeste – o Todaiji – é um dos maiores feitos arquitetônicos de Nara, cidade que ocupa, juntamente com Kyoto, o posto de ex-capital do Japão. Se Kyoto é bela por suas paisagens e gueixas, Nara tem seus encantos peculiares. Afinal, foi em Nara que o aprimoramento de toda a cultura recebida da China e até mesmo da Coréia pode ser trabalhada do ponto de vista japonês, produzindo arte, arquitetura e inúmeras outras obras de valor inestimável ao Japão.

  • O Grande Budha foi uma encomenda feita a Kuninaka-no-muraji Kimimaro, cujo avô era um imigrante do Reino Baekje, da Coréia. De acordo com a lenda, cerca de 2,6 milhões de pessoas o ajudaram para que a construção do Budha ficasse pronta a tempo. Esse número equivale a cerca da metade da população japonesa da época e, portanto, esse número é um tanto quanto exagerado.
  • O Templo ficou pronto em 745 e o Budha foi finalizado seis anos mais tarde, consumindo mais do que o Japão poderia produzir de bronze durante anos, causando sérios problemas para a economia do país. A estátua passou por vários reparos durante anos, devido a problemas com terremotos e outros fenômenos naturais e a destruição por duas vezes do Templo, em virtude de incêndios.
  • As mãos atuais da estátua foram feitas na Era Momoyama (1568-1615), e a cabeça na Era Edo (1615-1867). A construção vista hoje ficou pronta em 1709 ficando 30% menor do que a construção anterior.
  • O complexo original possuía dois pagodes de cem metros de altura cada, provavelmente as construções mais altas daquele período no mundo, perdendo apenas para as pirâmides egípcias. No entanto, todo esse patrimônio foi perdido em um incêndio.
  •  Em um dos suportes do Grande Budha, há uma pequena entrada. Diz a lenda que o  visitante que conseguir atravessar essa pequena passagem, do tamanho de uma das narinas da estátua, será abençoado pelo Daibutsu. As crianças, muitas vezes, não tem problemas em passar por essa passagem privilegiada. No entanto, alguns adultos precisam de ajuda para fazer o mesmo. O Templo onde fica o Budha foi reconstruído com metade do tamanho do original, e ainda assim a construção atual de 1709 é a maior construção de madeira do mundo.
  • Para vocês terem uma idéia do tamanho do Budha,
  • 5 pessoas cabem na palma da mão da estátua. É absolutamente impressionante. Tanto o Templo quanto a estátua, e as outras estátuas de madeira nas laterais também são fantásticas, com suas centenas de detalhes.

 

NARA PARK – O Parque de Nara é uma área verde com 660 hectares e mais de 1200 veados habitam nesta região. Fundado no séc. VIII, tem vários Templos Budistas e Xintoístas e contem uma agenda cultural com vários eventos típicos durante todo o ano. É um imenso conjunto de áreas verdes cujo espaço contem flores e eventos especiais durante as quatro estações do ano. O Parque é muito famoso pela presença dos veadinhos (Bambis) que permanecem soltos por todo o Parque. Templos famosos como o Templo do Grande Budha (Todaiji) e Kofukuji fazem parte do cenário do Parque.

Publicado por: yogasampoorna | setembro 13, 2010

Templos e Santuários em Kyoto

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Quando visitei Tokyo, capital do Japão, esperava encontrar por lá tudo que acabei encontrando em Kyoto. É claro, que os 2000 Templos, sendo 1600 Budistas e 400 Xintoístas, eu não teria tempo em poucos dias de visitar, mais sim os mais importantes. Os Templos e Santuários em Kyoto são maravilhosos e senti em alguns deles uma energia muito forte. Os maiores sempre ficam perto das montanhas e podemos sentir a natureza ao nosso redor. Me emocionei em alguns, chorei em outros, realmente algo inexplicável. O primeiro deles foi este abaixo, onde a atmosfera me levou a tempos antigos onde se podia perceber a energia que fora deixada no local de geração em geração.

KIYOMIZU-DERA – O Templo de Kiyomizu-dera foi construído no ano de 780 d.C. por Sakanoueno Tamuramaro, famoso chefe militar da Era Heian. O templo foi incendiado durante uma guerra, mas foi reconstruído em 1633 por Iemitsu Tokugawa, terceiro Xogun da dinastia Tokugawa. Este templo é o segundo mais antigo de Kyoto. Kiyomizu-dera é um conjunto de templos em madeira, nas encostas de uma montanha nos arredores de Kyoto. O templo principal tem um enorme terraço de madeira que se projeta no vazio, com dezenas de metros de altura. A palavra “kiyomizu” significa água pura: dessas encostas brotam fontes que são canalizadas para os templos. Kyoto, aliás, é rodeada de florestas e fontes de água.

Hondo ― Este prédio da fotografía é o pavilhão principal. Para a nossa surpresa, esse prédio foi construído sem nenhum prego. Como é possível um prédio de tamanha altura ser sustentado sem pregos? O fato é que 139 pilares e 90 vigas encaixadas estão sustentando. Assím, é muito forte e pode resistir a qualquer desastre natural. O templo Kiyomizu-dera concorreu as 7 maravilhas do mundo moderno e foi registrado como um dos tesouros culturais do Japão, sendo também patrimônio cultural da humanidade.

KINKAKU-JI – É o  Templo do Pavilhão Dourado, nome dado ao templo Rokuon-ji, rodeado pelo Kyoko-chi (lago espelhado). Todo o pavilhão, exceto o andar térreo, está coberto de folha de ouro puro e no telhado do pavilhão está uma fenghuang dourada (fênix chinesa). Podemos ver a beleza deste lindo templo e lá tive o prazer de ouvir orações entoadas por monges.

O local onde o Pavilhão Dourado (designado formalmente por ‘Shariden’) se situa foi usado por volta de 1220 como local de descanso para Kintsune Saionji, mas o pavilhão em si só foi construído em 1397, para servir como local de descanso para o xogum Yoshimitsu Ashikaga. O seu filho foi o responsável pela conversão num templo Zen. Em 1950, o templo foi incendiado por um monge que sofria de perturbações mentais, e a estrutura actual data de 1955.

GINKAKU-JI – É o templo do Pavilhão Prateado, sua obra foi iniciada no final do século XV pelo neto do Xogum Yoshimitsu. Yoshimasa Ashikaga que porém morreu pouco antes da obra estar completa. Foi transformada depois de sua morte em um templo budista por pedido no testamento.

O avô de Yoshimasa começou as obras do famoso Kinkaku-ji (em português: Pavilhão de Ouro) mostrando a era de ouro do Japão quando havia riqueza e abundância, e por mais que seja muito mais conhecido pelos estrangeiros por sua beleza o Kinkaku-ji não pode ser considerado mais importante do que o Ginkaku-ji, pois esse foi construído por Yoshimasa para demonstrar algo também, mas diferente da época em que viveu seu avô. No momento havia instabilidade política, foi a era da prata japonesa; a era da simplicidade, e a demonstrou na obra de sua própria casa. Os jardins Zen são lindos e o passeio pela natureza nos alimenta.

FUSHIMI INARI-TAISHA – Este é um santuário Xintoísta e o maior do Japão. Os primeiros foram construidos no ano de 711 numa determinada região de Kyoto, mas depois foi relocalizada por volta do ano de 816, a pedido do monge Kukai. A estrutura principal foi reconstruída em 1499. Este local é um santuário, também chamado de santuário de Inari e fica na base de uma montanha e tem diversas trilhas pelas montanhas, para muitos santuários menores. Andamos muito subindo as encostas da montanha, passsando através dos Torii de cor avermelhada, estava um calor escaldante, e não conseguimos subir até o final. 

 

Desde o inicio, Inari era visto como o patrono dos negócios, cada uma das Torii (troncos de madeira) que vocês verão abaixo é doado por indivíduos, família,  ou empresas. Inari é o deus do arroz. Podemos ver raposas que são como mensageiros, carregando chaves para os celeiros de arroz.

 

RIOZEN KANNON – Este templo foi construído nas encostas mais baixas da montanha Higashiyama, uma estátua de concreto e aço de 24 metros de Kannon (o Bodhisattva da Misericórdia) foi construído em 1955 e pesa aproximadamente 500 toneladas. Foi concebida como um memorial às vítimas da Segunda Guerra Mundial. Dentro do recinto solene há uma imagem de um Budha reclinado, figura que remonta a passagem para o nirvana. Este local me emocionou muito, chorei bastante ao entrar, fiquei alguns momentos acendendo velas, enviando orações para todos do Planeta, amigos, familiares, enfim me perdi um pouco me deixando levar pela energia deste local.

KODAIJI –  O Templo Kodaiji foi fundado durante o período Momoyama, por Toyotomi Nene para comemorar a morte do marido. Nene foi a viúva de Toyotomi Hideyoshi (1536 to 1598), o general poderoso, que conseguiu unificar o Japão no final do século 16. Este Templo fica ao lado de Riozen Kannon e próximo do Kiomizu-dera. Tomamos um sorvete muito gostoso de chá verde, e havia em volta do templo umas rodas de orações, onde cantei o Mantra Om Mani Padme Hum.

NYAKUOJI-JINJA -É um Santuário Xintoísta localizado no extremo sul da “The Philosopher’s Walk.” Uma rua maravilhosa com árvores e um pequeno riozinho de águas claras e limpas por onde passeamos até chegar a este Santuário, temos outros templos em ruas que saem da via principal. No pequeno rio pode-se ver peixes, devido as águas claras e não poluídas . Pelo caminho temos muitas casas bonitas. O mais gostoso deste passeio é poder estar em contacto com a natureza coisa que eu não fazia desde que me mudei para a China. Este passeio me trouxe muita paz. O Santuário que visitamos no final da rua foi construído pelo imperador Goshirakawa aposentou em 1160 como um santuário para Nyakuoji, guardião do Templo. Deleitem-se com o caminho que principalmente nos leva ao Santuário, ele é mágico. O percurso é assim chamado porque o influente filósofo do século 20 do Japão, professor Nishida Kitaro deve tê-lo usado para meditação diária.   

 

                    

Publicado por: yogasampoorna | setembro 13, 2010

Kyoto a antiga capital do Japão

KYOTO –  Foi a antiga Capital Imperial do Japão, no ano de 794 a 1868 (hoje Tokyo). Conta com uma população de 1.5 milhões de pessoas. Apesar de ter sido devastada por guerras, incêndios, terremotos e durante o seus onze séculos ter sido a capital imperial, Kyoto foi poupada, durante a II Guerra Mundial pois a capital do Japão antiga Edo, e hoje Tokyo fora transferida, sendo assim, não foi capaz de ser destruída totalmente. Conserva até hoje palácios, jardins e arquitetura intacta, é uma das cidades mais bem preservadas do Japão.

KYOTO GOSHO – É o nome do Palácio Imperial de Kyoto, cuja  residência da família Imperial até a capital ser transferida para Tokyo em 1868. Tentamos entrar, mas só entravamos com visitas guiadas, então desistimos, apenas passeamos pelos parques externos e tiramos algumas fotos. O Jardim Imperial de Kyoto tem uma área cercada por muros tipo “tsuijihei” (muro provido de telhado) que inclui Omiya e Sentogosho além do Palácio Imperial, residência imperial até a Era Edo. É uma vasta área que serve de lugar de descanso para os visitantes e mede de norte a sul 1300m e de leste a oeste 700m.

CASTELO NIJO-JO – Castelo construído em 1603 e foi completado em 1626, para o repouso do Shogun Tokugawa Ieyasu quando este vinha a Kyoto. A torre de observação foi queimada em meados da Era Edo, mas o Palácio Ninomaru, o Portal Karamon, o Jardim Ninomaru e outras enormes e belas construções podem muito bem ser vistas. Foi totalmente restaurado em 1939. Vislumbrem com este Castelo encantador.

BAIRRO DE GYON – Adorei este bairro, foi lá que encontramos uma legitima Gueixa, e é lá também que tem uma rua recheada de restaurantes, que dão vista para o rio. Restaurantes de várias nacionalidades, você  pode encontrar por lá, mas especialmente aqueles típicos de comida japonesa, com direito a saque e tudo mais. Se vocês procurarem neste blog, verão uma postagem completa sobre o assunto (Gueixas).

NISHIKIKOJI – É um Food Market, bastante tradicional na cidade. Eu não estava muito com vontade de visitá-lo, mas quando viajamos é preciso fazer um pouquinho da vontade de todos. Sabia perfeitamente que coisas não muito agradáveis ao paladar de uma vegetariana estariam neste local. E lá fomos nós. Achei um pequeno templo nesta região também.

KYOTO HANDICRAFT CENTER – É um lugar de compras de porcelana, quimonos, livros, e todo tipo de souvenirs que você possa imaginar. Achei muito linda esta armadura de samurai, olha só o que eles tinham que usar, que peso!!!

PROTOCOLO DE KYOTO – Faz parte de um tratado onde todos se comprometem a diminuir os efeitos dos gás carbônico em países industrializados. Talvez por isso encontramos por lá pequenos riachos de águas transparentes, onde podíamos ver os peixes nadando, nunca vi nada igual. Ficamos encantados ao caminhar pelos parques e ruas das cidades, vendo crianças e adultos molhando seus pés nas águas.

Publicado por: yogasampoorna | agosto 31, 2010

Outros lugares que visitamos em Tokyo

Visitamos mais lugares interessantes em Tokyo. Sempre costumo preparar o roteiro de nossas viagens e todos em casa às vezes reclamam que fica apertado demais, pois não quero que fique faltando nada da lista, mas é claro, que não dá para cumprir tudo aquilo que meus olhos desejam ver. Assim foi em Hong Kong, da primeira vez que estivemos lá, não conseguimos ver tudo que o guia nos assinalava. Mas quando retornamos pudermos ver um pouco mais. Tenho certeza que numa próxima ida, finalizamos o restante. Bom, temos aqui mais alguns lugares diferentes que fizeram parte do nosso roteiro de viagem, então, divido com vocês.

Infelizmente não pudermos entrar no Palácio Imperial de Tokyo, residência oficial do Imperador do Japão, pois é mais complicado e as visitas são guiadas, mas mesmo assim podemos passear pelos jardins imperiais, o Kokyo Higashi Gyoen que podem ser vistos pelo lado de fora.

 

 

Encontramos chineses por lá e ficamos felizes, quando ouvíamos palavras com sons peculiares para nós. Era uma alegria quando os encontrávamos, pois a China hoje em dia é a nossa casa também, mas não fiquem com cíumes, por favor.

 

A Torrre de Tokyo foi construída em 1958 e tem 333 metros de altura, tem apenas 13 metros a mais que a Torre Eiffel, na qual foi inspirada, e está localizada ao sul do Palácio Imperial. Podemos enxergar o Monte Fuji  e todo o panorama de Tokyo. Na verdade está torre tem uma estrutura de apoio para uma antena de TV e rádio.

Odaiba, é uma ilha artificial futurista, construída sobre entulhos que fica a 6 Km de Tokyo, pertence ao bairro de Minato. Sobre a ilha foi construída uma praia artificial, com areia esbranquiçada, onde as pessoas podem se bronzear e fazer esportes náuticos e parte dela é gramada. Podemos chegar até lá, por uma linha de trem chamada Yurikamome, que passa por cima do mar. Chegando lá temos diversas atrações, entre elas:

 

O Venus Fort, que é um shopping de três andares que foi inspirado na cidade Italiana de Veneza, e que tem um céu artificial. 

 

A Toyota City Showcase, que tem carros belíssimos, antigos, novos e até algumas coisas futuristas como estas abaixo. 

  

 

A Roda Gigante Daikanransha, que é a segunda maior roda gigante do mundo, perdendo apenas para a London-Eye, da Inglaterra.

 

Odaiba tem vista para a Rainbow Bridge e a Estátua da Liberdade.

  

 

Nela abriga várias outras atrações interessantes entre elas o Museu do Futuro Miraikan.

Temos também muitos bairros que visitamos e lugares interessantes, todos eles com suas particularidades especiais. Entre elas:

Ginza e Omote-Sando, onde abrigam marcas internacionais como Prada, Louis Vuitton, Cartier, Dior,  entre outras.

  

 

Akihabara, onde encontramos eletrônicos, mangás e animes  (que são os desenhos animados japoneses).

 

Shinjuku, onde ficam os arranha-céus, com placas cheias de ideogramas coloridas e iluminadas e Kabukicho, que é um bairro boêmio.

 

 

Shibuya e Harajuku, lugar preferido dos jovens de cabelos coloridos e roupas extravagantes. (Vejam posts sobre o asssunto).

 

 

  

Roppongi, é o lugar onde podemos encontrar uma diversidade enorme de restarurantes.

 

Asakusa, onde encontramos o templo budista Senso-Ji e o centro de compras mais tradicional de Tokyo, o Nakamise Dori, e o Templo Xintoísta de Meiji Jingu. (Vejam posts sobre o assunto).

Publicado por: yogasampoorna | agosto 29, 2010

Templo Meiji Jingu ainda em Tokyo

Este Templo está localizado na região de Shibuya, ele é um “Templo Xintoísta”, dedicado ao Imperador Meiji, que foi o primeiro imperador do Japão moderno e sua consorte a imperatriz Shoken, pois o povo japonês os respeitavam muito, e este virou um Santuário que está localizado dentro de um lindo parque, onde caminhamos a pé por uma estrada de terra, que nos leva ao Templo. Foi construído no estilo “Nagazerokuri”, de uma madeira cipreste do Japão e cobre, é muito simples, mas de uma beleza incrível. Não pudermos tirar fotos do altar que fica bem distante dos visitantes, de novo vimos as pessoas no mesmo ritual de adoração que o Templo Senso-Ji, em Asakusa.  

Rosana em frente ao Templo Xintoísta.

   

Dentro do Templo Xintoísta. Na frente o altar.

    

Na entrada dos Templos do Japão as pessoas lavam as mãos e a boca.

   

A água cai por este bambu e com as conchas as pessoas lavam as mãos e a boca.

    

Pedidos de oração são feitos nestas plaquinhas. Este Santuário está construído numa área de 700.000 metros quadrados, dentro desta floresta temos aproximadamente 120 mil árvores de 365 éspecies diferentes que foram doadas por todas as partes do Japão e ao caminhar por ele sentimos uma grande paz. Olha só que linda esta árvore!!!

    

Gabriel, Raphael e ao fundo Rogles.

    

O parque era muito lindo, vejam as raízes desta árvore.

    

Copa de uma imensa árvore.

    

O Templo ficava dentro de uma mata, era tudo muito lindo e especial! O "Toori" é a entrada principal, e este é o maior no estilo "Myojin" do Japão, a madeira é a "Hinoki" (cipreste), tem altura de 12 metros e o diâmetro de cada pilar é de 1,2 metros. Vejam esta foto da altura do Toori. Este é o Toori, entrada principal do Templo. Na verdade descobri que os Templos Xintoístas sempre reverenciam a natureza.

 

Ainda nesta foto o Toori, portão principal. É bom caminharmos dentro da natureza, sentimos como se ela nos abraçasse amorosamente.

Older Posts »

Categorias