Publicado por: yogasampoorna | setembro 13, 2010

Templos e Santuários em Kyoto

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Quando visitei Tokyo, capital do Japão, esperava encontrar por lá tudo que acabei encontrando em Kyoto. É claro, que os 2000 Templos, sendo 1600 Budistas e 400 Xintoístas, eu não teria tempo em poucos dias de visitar, mais sim os mais importantes. Os Templos e Santuários em Kyoto são maravilhosos e senti em alguns deles uma energia muito forte. Os maiores sempre ficam perto das montanhas e podemos sentir a natureza ao nosso redor. Me emocionei em alguns, chorei em outros, realmente algo inexplicável. O primeiro deles foi este abaixo, onde a atmosfera me levou a tempos antigos onde se podia perceber a energia que fora deixada no local de geração em geração.

KIYOMIZU-DERA – O Templo de Kiyomizu-dera foi construído no ano de 780 d.C. por Sakanoueno Tamuramaro, famoso chefe militar da Era Heian. O templo foi incendiado durante uma guerra, mas foi reconstruído em 1633 por Iemitsu Tokugawa, terceiro Xogun da dinastia Tokugawa. Este templo é o segundo mais antigo de Kyoto. Kiyomizu-dera é um conjunto de templos em madeira, nas encostas de uma montanha nos arredores de Kyoto. O templo principal tem um enorme terraço de madeira que se projeta no vazio, com dezenas de metros de altura. A palavra “kiyomizu” significa água pura: dessas encostas brotam fontes que são canalizadas para os templos. Kyoto, aliás, é rodeada de florestas e fontes de água.

Hondo ― Este prédio da fotografía é o pavilhão principal. Para a nossa surpresa, esse prédio foi construído sem nenhum prego. Como é possível um prédio de tamanha altura ser sustentado sem pregos? O fato é que 139 pilares e 90 vigas encaixadas estão sustentando. Assím, é muito forte e pode resistir a qualquer desastre natural. O templo Kiyomizu-dera concorreu as 7 maravilhas do mundo moderno e foi registrado como um dos tesouros culturais do Japão, sendo também patrimônio cultural da humanidade.

KINKAKU-JI – É o  Templo do Pavilhão Dourado, nome dado ao templo Rokuon-ji, rodeado pelo Kyoko-chi (lago espelhado). Todo o pavilhão, exceto o andar térreo, está coberto de folha de ouro puro e no telhado do pavilhão está uma fenghuang dourada (fênix chinesa). Podemos ver a beleza deste lindo templo e lá tive o prazer de ouvir orações entoadas por monges.

O local onde o Pavilhão Dourado (designado formalmente por ‘Shariden’) se situa foi usado por volta de 1220 como local de descanso para Kintsune Saionji, mas o pavilhão em si só foi construído em 1397, para servir como local de descanso para o xogum Yoshimitsu Ashikaga. O seu filho foi o responsável pela conversão num templo Zen. Em 1950, o templo foi incendiado por um monge que sofria de perturbações mentais, e a estrutura actual data de 1955.

GINKAKU-JI – É o templo do Pavilhão Prateado, sua obra foi iniciada no final do século XV pelo neto do Xogum Yoshimitsu. Yoshimasa Ashikaga que porém morreu pouco antes da obra estar completa. Foi transformada depois de sua morte em um templo budista por pedido no testamento.

O avô de Yoshimasa começou as obras do famoso Kinkaku-ji (em português: Pavilhão de Ouro) mostrando a era de ouro do Japão quando havia riqueza e abundância, e por mais que seja muito mais conhecido pelos estrangeiros por sua beleza o Kinkaku-ji não pode ser considerado mais importante do que o Ginkaku-ji, pois esse foi construído por Yoshimasa para demonstrar algo também, mas diferente da época em que viveu seu avô. No momento havia instabilidade política, foi a era da prata japonesa; a era da simplicidade, e a demonstrou na obra de sua própria casa. Os jardins Zen são lindos e o passeio pela natureza nos alimenta.

FUSHIMI INARI-TAISHA – Este é um santuário Xintoísta e o maior do Japão. Os primeiros foram construidos no ano de 711 numa determinada região de Kyoto, mas depois foi relocalizada por volta do ano de 816, a pedido do monge Kukai. A estrutura principal foi reconstruída em 1499. Este local é um santuário, também chamado de santuário de Inari e fica na base de uma montanha e tem diversas trilhas pelas montanhas, para muitos santuários menores. Andamos muito subindo as encostas da montanha, passsando através dos Torii de cor avermelhada, estava um calor escaldante, e não conseguimos subir até o final. 

 

Desde o inicio, Inari era visto como o patrono dos negócios, cada uma das Torii (troncos de madeira) que vocês verão abaixo é doado por indivíduos, família,  ou empresas. Inari é o deus do arroz. Podemos ver raposas que são como mensageiros, carregando chaves para os celeiros de arroz.

 

RIOZEN KANNON – Este templo foi construído nas encostas mais baixas da montanha Higashiyama, uma estátua de concreto e aço de 24 metros de Kannon (o Bodhisattva da Misericórdia) foi construído em 1955 e pesa aproximadamente 500 toneladas. Foi concebida como um memorial às vítimas da Segunda Guerra Mundial. Dentro do recinto solene há uma imagem de um Budha reclinado, figura que remonta a passagem para o nirvana. Este local me emocionou muito, chorei bastante ao entrar, fiquei alguns momentos acendendo velas, enviando orações para todos do Planeta, amigos, familiares, enfim me perdi um pouco me deixando levar pela energia deste local.

KODAIJI –  O Templo Kodaiji foi fundado durante o período Momoyama, por Toyotomi Nene para comemorar a morte do marido. Nene foi a viúva de Toyotomi Hideyoshi (1536 to 1598), o general poderoso, que conseguiu unificar o Japão no final do século 16. Este Templo fica ao lado de Riozen Kannon e próximo do Kiomizu-dera. Tomamos um sorvete muito gostoso de chá verde, e havia em volta do templo umas rodas de orações, onde cantei o Mantra Om Mani Padme Hum.

NYAKUOJI-JINJA -É um Santuário Xintoísta localizado no extremo sul da “The Philosopher’s Walk.” Uma rua maravilhosa com árvores e um pequeno riozinho de águas claras e limpas por onde passeamos até chegar a este Santuário, temos outros templos em ruas que saem da via principal. No pequeno rio pode-se ver peixes, devido as águas claras e não poluídas . Pelo caminho temos muitas casas bonitas. O mais gostoso deste passeio é poder estar em contacto com a natureza coisa que eu não fazia desde que me mudei para a China. Este passeio me trouxe muita paz. O Santuário que visitamos no final da rua foi construído pelo imperador Goshirakawa aposentou em 1160 como um santuário para Nyakuoji, guardião do Templo. Deleitem-se com o caminho que principalmente nos leva ao Santuário, ele é mágico. O percurso é assim chamado porque o influente filósofo do século 20 do Japão, professor Nishida Kitaro deve tê-lo usado para meditação diária.   

 

                    


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